

Estagiária da Sempre FEA, Júlia Barros (ingressante em Administração em 2023) atua nas áreas de Projetos, Comunicação e Tecnologia, e participou do programa Impulsiona do nosso Centro de Carreiras.

Sempre tive múltiplos interesses, por exemplo, faço crochê, mas também sei programar em Python, então não tinha uma definição sobre uma carreira ou uma graduação. Sabia que eu queria ser relevante onde quer que eu estivesse e queria contribuir para a melhoria da realidade naquilo que eu estivesse me dedicando.
Entrei na graduação em Engenharia pensando que, por ter facilidade com ciências exatas e gostar de uma rotina puxada de dedicação e trabalho, eu pudesse ser útil para uma sociedade melhor e obter uma ascensão social. Porém, eu adoeci naquela graduação, não tinha nada a ver comigo. Descobri que valorizo muito os sentimentos de outras pessoas, por isso queria uma profissão na qual o bem-estar das pessoas fosse uma variável relevante na tomada de decisão.
Conheci muitas pessoas que tinham passado pela FEA e tinham gostado muito da experiência universitária, por isso achei que poderia ser um bom lugar para recomeçar. Decidi que sairia da Poli em agosto de 2022 e fiz a prova da Fuvest em dezembro do mesmo ano, mas muito intimidada porque estava com a minha autoestima acadêmica abalada.
Mas deu tudo certo, eu fui realmente bem no vestibular e entrei no curso de Administração diurno na primeira chamada. Isso reacendeu um pouco a minha fé de que a universidade era sim um lugar para mim. No início de 2023, fui impactada por uma realidade muito diferente da que eu conhecia — o ambiente, as cores, as pessoas, os valores, as salas de aula, os professores e professoras eram acolhedores, inspiradores e emanavam esperança.
Eu estava passando por um momento difícil de depressão e sentada em uma manhã na meia lua, sentido o sol no meu corpo e refletindo o azul do céu e a fachada da FEA no piso de mármore, eu senti que poderia ser feliz naquele lugar. Quando comecei o curso, senti que realmente me encontrei. Eu via sentido naquilo que estava estudando. Eu poderia ser uma pessoa lógica e objetiva, mas também intuitiva e empática. Meus colegas de classe, sete anos mais novos do que eu, me incentivavam e me ensinaram muito sobre trabalho em equipe sem competição.

Eu precisava fazer algum tipo de trabalho remunerado porque desde 2018 me mantinha sozinha, mas não me sentia preparada para estagiar em uma empresa porque não fazia ideia de qual carreira gostaria de seguir.
Fui apresentada à Sempre FEA por uma amiga da pós-graduação. Comecei a seguir as redes sociais, até que vi um anúncio de vaga para estágio. Me inscrevi e, em outubro de 2023, recebi a notícia que tinha passado e conquistado uma vaga como estagiária. Fiquei muito feliz, porque eu queria entregar alguma coisa para a comunidade FEAna, queria me sentir útil e contribuir para uma organização na qual eu realmente acreditava.
Acho que foi uma das melhores coisas que me aconteceram na FEA. Ao conviver todos os dias com voluntários formados pela FEA, sinto uma expansão de visão de mundo e possibilidades para o futuro. Todos os dias sou incentivada a aprender coisas novas e a fazer sempre melhor de uma forma muito respeitosa e engajadora. Sinto que sou capaz de entregar algo com valor e, ao mesmo tempo, meus superiores demonstram uma preocupação real com o meu desenvolvimento e amadurecimento profissional.
Comecei na Sempre FEA como estagiária de projetos, fui me envolvendo em diversas outras atividades e hoje sou uma espécie de faz-tudo, mas me sinto muito confortável com isso. Cuido da parte de tecnologia e site da Sempre FEA e com isso acabo me envolvendo na comunicação. Ajudo na parte de finanças fazendo o desembolso dos projetos e no Programa de Mentorias do Centro de Carreiras.
Fiz parte do Impulsiona no primeiro semestre de 2024. Graças à gentileza da Sempre FEA, pude participar mesmo impactando meu horário de trabalho. Eu aproveitei muito, fui em todos os encontros e fui premiada com um livro e um curso pela minha participação. Todas as etapas do programa foram muito relevantes para mim, mas gostaria de destacar os depoimentos de ex-alunos falando sobre suas trajetórias acadêmicas e carreiras. Foi realmente muito inspirador. Não sei se todo mundo tem essa visão, mas para quem cresceu sem referência de carreira — meus pais estudaram só até a 8ª série, sou a primeira da minha família com ensino superior — as oportunidades parecem limitadas por falta de perspectiva. Ver a trajetória dos meus veteranos expande a minha visão sobre o mundo.