A chegada dos bixos sempre renova a energia da faculdade. Novos rostos, entusiasmo, histórias que começam a se entrelaçar. A Sempre FEA esteve presente na recepção deste ano, apoiando a Associação Atlética Visconde de Cairu (AAAVC) e o Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC), responsáveis pela organização das atividades.

As atividades aconteceram entre os dias 17 de fevereiro e 1º de março. A gincana ocorreu de 19 a 22 de fevereiro, trazendo de volta o teatro dos bixos, o rallie e o churrasco. No dia 24 de fevereiro, aconteceu o Corredor das Entidades, reunindo mais de 20 organizações estudantis para se apresentarem aos ingressantes. No dia 27 de fevereiro, o USP Safari levou os bixos a um passeio pelo campus. No mesmo dia, cada calouro foi apadrinhado por um veterano.
A gincana e os eventos dessa programação são tradições que atravessam gerações e que contam com o apoio da Sempre FEA desde 2023. Este ano, a associação financiou parte da estrutura da gincana, a confecção dos kits dos calouros, os ônibus para o USP Safari e os recursos para o coffee break do Apadrinhamento.
A parceria tem impacto direto na realização das atividades. Gabriel Canjani, ex-presidente e atual conselheiro do CAVC, reforça a importância desse suporte: “Correr atrás de captação de recursos é sempre um desafio para todas as entidades estudantis e sem fins lucrativos. A gente tem muitas ideias e ter quem apoie e quem ajude, às vezes, é muito difícil, sabe? E a relação com a Sempre FEA é um enorme facilitador para isso. A gente não teria vários projetos do CAVC sem apoio da Sempre FEA.”
A adaptação ao calendário deste ano impôs desafios extras. A recepção dos bixos combina eventos institucionais, organizados pela FEA, e atividades estudantis, conduzidas pelo CAVC e pela Atlética. Tradicionalmente, os primeiros contatos dos calouros com a universidade ocorrem nos eventos da FEA, que começam após o carnaval. Em 2025, com o feriado em março, essa dinâmica mudou. Coube ao CAVC e à Atlética a responsabilidade de acolher os novatos antes do início das aulas, num período em que muitos ainda não estavam em São Paulo.
Para incentivar os calouros a permanecerem no campus antes do início oficial das aulas, as entidades produziram vídeos em parceria com a Sempre FEA. Nos depoimentos, ex-alunos compartilharam a importância desse momento em suas trajetórias. Daniela Maria Coutinho Williams, conselheira da Atlética, destaca o impacto dessa iniciativa: “Esses vídeos dos antigos FEAnos, contando experiências deles, foram muito legais para conseguir realmente transmitir para o pessoal que vale a pena vir participar da gincana, vindo dias antes para São Paulo e participando desse evento que ia ficar marcado na vida deles.”

O vínculo entre antigos e novos alunos é um dos pilares da Sempre FEA. Pensando nisso, ex-alunos da FEA foram convidados a retornar ao campus e conhecer os calouros. O reencontro reuniu ingressantes de 1988, 1990, 1991, 1992 e 2000, que acompanharam o rallie no dia 22 de fevereiro. Entre enigmas e desafios, relembraram suas próprias histórias e perceberam mudanças, mas também a permanência do espírito da recepção.
Luciana Pasqualin, caloura de 1988, viu essa tradição nascer: “Foi a primeira tentativa com sucesso de fazer integração entre os veteranos e os calouros na faculdade. O formato atual, com gincana, rallie e vários dias de programação, nasceu da Caça ao Canguru, uma gincana diferente que a gente fazia no segundo semestre e que foi, na verdade, adaptada para a gincana dos bixos, como é hoje.”
Os tempos mudaram. As pistas, que antes exigiam pura dedução e corrida, agora são resolvidas com ajuda de celulares e internet. Luciana percebe a diferença: “Hoje em dia é tudo muito diferente, porque a gente vive num mundo digital. Todo mundo tem acesso à informação por meio do celular, na palma da mão. Então as pistas eram muito mais difíceis do que eram na nossa época. De pensar que na nossa época, a gente se reunia ali e todo mundo perguntava: ‘o que vocês acham?’ E todo mundo ia a pé, saía correndo, mas ninguém se comunicava por telefone. Não tinha internet e não tinha como pesquisar. Então ou sabia ou não sabia. Mas ainda é muito divertido. O objetivo da gincana, que é a integração, está sendo atingido.”
Prova disso é que, mais de trinta anos depois, Luciana voltou ao campus vestindo a camiseta da sua recepção de 1988. O ciclo se renova a cada geração, SEMPRE.

